Para embrulhar
Ele comprava os brinquedos que o filho nunca brincava. Uma vez, foram uns aviõezinhos de montar e pintar. O garoto gostava mais de carros. Outra vez, deu ao filho uma coleção inteira de bonecos do Star Wars. E de todos os filmes que o garoto costumava assistir repetidas vezes, esse foi o único que ele nunca pediu para ver de novo. A coleção empoeirou na prateleira.
Mas o menino não era mal-agradecido ou mal-educado. Ele só tinha 5 anos de idade. Também não era o caso de um pai ausente que não conhecesse o filho que tinha a ponto de não saber escolher um presente. Os dois viviam juntos. Não era isso. Nenhum deles tinha culpa. Eles eram apenas duas crianças. Uma que sonhava em ganhar um tablet e outra que dava tudo que um dia sonhou ter.